A lipoaspiração é a segunda cirurgia estética mais realizada no Brasil. O ranking da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) revelou a marca de 211.035 procedimentos em 2017, atrás apenas das 235.950 operações de aumento de mama.
Isso é um sinal de que a “lipo” é um recurso muito utilizado para que as pessoas, principalmente as mulheres, sintam-se mais satisfeitas com o corpo. Entretanto, há quem procure a cirurgia pelos motivos errados.
Apesar de favorecer muito a autoestima, ela não é milagrosa, nem mesmo serve para tratar problemas de saúde, como a obesidade. Portanto, é importante esclarecer o que não esperar desse tipo de procedimento.
Lipoaspiração não emagrece
Quem é submetido ao procedimento pode, de fato, sair da cirurgia com menos peso corporal. Isso porque ocorre a sucção de gorduras, alterando o volume do corpo.
Entretanto, para que os resultados continuem satisfatórios no longo prazo, é preciso cuidar da saúde constantemente. O equívoco é recorrer novamente a esse tipo de operação com o objetivo de emagrecer. Em outras palavras, ela não é indicada para o emagrecimento.
Então, quando a lipoaspiração é indicada?
Considere uma pessoa que cuida da saúde, mas que, ainda assim, não se livra da gordura localizada. Esse é um cenário que pode ser beneficiado pela “lipo”.
Uma saliência nos flancos, uma barriguinha mais arredondada, um volume maior nos culotes e por aí vai. Esses são alguns exemplos que levam as pessoas a procurarem pelo procedimento, que suga o excesso de gordura.
Com isso, elas têm chances de conquistar o contorno corporal desejado, para sentirem-se mais felizes na hora de ir para a piscina ou praia, de colocar uma roupa mais justa, entre outras muitas situações.
Não é indicada para a obesidade
Pode parecer repetitivo com o que foi falado anteriormente, mas este tópico merece uma atenção especial.
Muitas vezes, pessoas obesas pensam em apostar na lipoaspiração como um recurso para perder peso e ficar com o corpo magro. Entretanto, mesmo que a aparência seja um fator de incômodo, a obesidade não é um problema estético exclusivamente.
Ela é uma doença que já atinge 18,9% dos brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Esses são apenas alguns dos problemas associados à obesidade:
Diabetes;
Hipertensão;
Colesterol alto;
Alterações metabólicas;
Doenças do coração;
Infertilidade;
Câncer.
Portanto, é fundamental tratar do problema para viver com saúde e envelhecer bem. Isso requer um acompanhamento com profissionais especializados, como o nutrólogo, psicólogo, cardiologista, endocrinologista, além da prática regular de atividade física.
Lipoaspiração não é a solução para tudo
Quando decidimos fazer um procedimento estético, somos tomados pela expectativa do resultado, não é mesmo? E os avanços da medicina realmente contribuem para que a satisfação seja alta.
Esses recursos são capazes de proporcionar mais felicidade com o corpo e, portanto, favorecem a autoconfiança e tudo que a envolve, como a vida pessoal e, também, profissional.
Entretanto, é muito importante considerar os fatores envolvidos nessas decisões. Fazer uma cirurgia apenas por pressão social, por exemplo, pode não ser o caminho para a melhora da autoestima.
Por isso, conversar com seu cirurgião plástico de confiança é a melhor forma de definir o caminho mais adequado para você. Isso vai desde os procedimentos mais simples até uma cirurgia mais complexa, como a lipoaspiração.